Infecção em feridas é uma das maiores ameaças a recuperação do bem-estar de uma pessoa após sofrer uma lesão, ou ser submetida a um procedimento cirúrgico. Isto porque uma infecção pode agravar o problema e gerar transtornos mais complexos e delicados de tratar.
Uma ferida pode ser porta de entrada de agentes nocivos capazes de se espalhar pelo membro atingido e por outras partes do corpo. Uma simples ferida pode evoluir para um caso de amputação ou até óbito!
Por isso, é importante não ser negligente com os cuidados e tratamento de feridas, por menor que sejam.
Neste artigo, listaremos quais são as causas mais comuns de infecção em feridas, quais as medidas de prevenção para evitar a escalada do problema e os principais sintomas da infecção.
Siga na leitura!
Entendendo a função da pele
Nossa pele não tem como função apenas embelezar o reflexo do espelho, absorver cremes hidratantes e se perfumar com cosméticos. Também não se resume a combinar com determinadas cores, roupas e acessórios.
A função primordial da pele é proteger. Nossa pele é uma barreira natural que protege nosso organismo interno de ameaças do ambiente externo.
Quando nos ferimos, ocorre a abertura de brechas na nossa barreira anti-bactérias. Ou seja, surgem portas de entrada para agentes infeciosos.
Quando micróbios e bactérias “encontram” essas aberturas e as penetram, provocam infecções locais ou generalizadas (elas podem se espalhar pelo sangue). Nos casos mais graves, as consequências são: amputação de membros e óbito.
Quais são as causas mais comuns de infecção em feridas?
As causas de infecção em feridas são diversas, mas certamente a mais comum está relacionada à higiene.
O descuido em manter o local da ferida limpo e protegido, para evitar contato com ambientes contaminados, insetos e animais, é a causa mais frequente de infecção em feridas.
Feridas que não são limpas em até 8 horas podem acumular resíduos e atrair outros agentes infeciosos. Portanto, é completamente desaconselhável deixar de substituir curativos ou se higienizar por período prolongado, pois eleva o risco de infecção em feridas.
Os cuidados devem ser redobrados e a ação preventiva mais célere se a lesão decorrer de mordida de pessoas ou animais. Se a saliva penetrar o organismo pela abertura da pele, potencializa complicações sérias de máxima gravidade.
A mesma preocupação deve ocorrer em casos de feridas por perfuração de prego e vidros. Estes objetos representam ameaça, pois podem conter resíduos que afetam negativamente nosso corpo.
Por falar em corpo, vale destacar quais locais são os mais perigosos de se lesionar e requerem maior zelo e vigilância.
Atenção às feridas em:
- Mãos;
- Pés;
- Pernas;
- Axilas;
- Virilhas.
Essas regiões são mais propensas a infecções. As mãos porque são mais expostas a diferentes organismos. As usamos para tocar em superfícies, nos apoiar, trocar de roupa, se alimentar, etc. São o nosso primeiro recurso para pegar ou se proteger de algo.
Os pés também são mais expostos, porém, a principal causa de infecção em feridas no pé é a umidade. Calçados e meias favorecem acúmulo de suor na região, exigindo mais atenção quanto à higiene.
O mesmo em relação às outras partes citadas. Quanto mais cobertas e em movimentação, maior a chance de umidade.
Outras causas comuns de infecção em feridas
Destaca-se ainda como fator recorrente para infecção em feridas pessoas que sofrem de algum transtorno que fragilizam seu sistema imunológico. É o caso, por exemplo, de pessoas com diabete, portadoras de HIV ou até mesmo com um simples resfriado.
Para esses casos, o risco de infecção em feridas é maior devido à baixa resistência da proteção natural do organismo ante vírus e bactérias.
Quais são os micro-organismos infectantes mais frequentes em feridas cirúrgicas?
Se com uma simples ferida é necessário cuidado especial para evitar complicações, imagine quando se trata de feridas cirúrgicas amplas e profundas?
Essa é a maior preocupação da equipe médica depois da cirurgia em si. Proteger o paciente de todas as formas possíveis para evitar infecção em feridas.
O ambiente é esterilizado, luvas são indispensáveis, contato com pessoas é mínimo e a assistência dos enfermeiros, essencial.
Caso ocorra uma falha na proteção sanitária ao paciente de pós-cirurgia, os micro-organismos mais ameaçadores, segundo estudo, são:
- Staphylococcus aureus;
- Escherichia coli;
- Pseudomonas aeruginosa;
- Staphylococcus epidermidis;
- Klesbsiella spp;
- Enterobacter spp.
Isso demonstra que as bactérias Gram-negativas são os microrganismos infectantes de feridas cirúrgicas mais frequentes.
No entanto, Staphylococcus aureus é o microrganismo de maior incidência de casos estudados de infecção em feridas.
Quais são os principais sintomas de feridas infeccionadas?
Quando o pior cenário acontece e a ferida sofre uma infecção por agente externo, os sintomas que o evento pode desencadear são diversos. Contudo, é possível apontar quais sintomas são os mais comuns.
Se a ferida expelir secreção amarelada ou esverdeada, é motivo para ligar o alerta e se preocupar.
Também merece atenção se a ferida começar a exalar mau cheiro, ou apresentar inchaço. Dor acentuada acompanhada de febre é outro sintoma típico e que assinala uma evolução grave de infecção.
Quais são as medidas de prevenção recomendadas?
O procedimento mais básico e essencial é lavar a ferida imediatamente com água e sabão. Depois, é indispensável cobrir o ferimento com uma gaze limpa e aplicar um curativo para protegê-lo de agentes externos.
Outra medida de prevenção é cuidar para deixar ao local da lesão sempre seco e limpo, além de trocar o curativo quando necessário.
Para queimaduras, é recomendado o uso de pomadas antibacterianas. Contudo, é necessário consultar um médico para que ele receite o hidratante mais adequado.
Sobre o tratamento de feridas infeccionadas
Existem vários procedimentos para tratar infecção em feridas. A depender do caso, o médico pode prescrever lavagem da ferida com uso de antibióticos líquidos.
Outra opção é a prescrição de antibióticos para combater as bactérias já presentes nas lesões. Esvaziamento do abcesso também é um método possível de ser empregado para lidar com o problema.
Importante destacar que o profissional responsável para garantir a proteção do paciente contra agentes infeciosos é a enfermeira especialista. O médico cuida em prestar o primeiro atendimento e fornecer as diretrizes do tratamento.
Quem se encarregará de colocar em prática o plano de tratamento é a enfermeira especialista, que administra os medicamentos, verifica as condições do ambiente e dos curativos do paciente.
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